Fonte: R7/ Economize, por Márcia Rodrigues
Foto: R7/ Freepik
O maior medo dos idosos no Brasil é não ter dinheiro para o próprio sustento e depender de terceiros para sobreviver. É o que aponta uma pesquisa realizada pela CNDL (Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas) e o SPC Brasil (Serviço de Proteção ao Crédito), em parceria com a Offer Wise, para entender como as pessoas da terceira idade enxergam essa fase da vida e suas expectativas para o futuro.
Dos entrevistados:
42% tem medo de ficar doente e depender de terceiros para tudo;
31% apontaram o temor de ficar sem dinheiro para o próprio sustento;
27% de não ter saúde física;
25% de perder as pessoas que amam; e
20% de não se sentir útil (20%).
O levantamento mostra também que:
33% dos idosos pretendem aproveitar a vida com familiares;
25% querem fazer um tratamento odontológico;
24% pretendem viajar pelo Brasil; e
23% planejam trabalhar.
Numa escala de zero a 10, os idosos atribuíram média 7 para o grau de felicidade atual. Entre as classes A/B, a nota média sobre para 8.
Inflação da terceira idade foi maior do que a oficial
Os preços da gasolina (+21,84%), do etanol (+24,98%) e do gás de cozinha (+8,66%) guiaram a alta de 1,54% do IPC-3i (Índice de Preços ao Consumidor – 3ª idade) ao longo do primeiro trimestre de 2021, de acordo com dados divulgados em abril, pela FGV (Fundação Getulio Vargas).
Com o resultado trimestral, o indicador acumula alta de 6,2% nos últimos 12 meses, valor acima da taxa acumulada pela inflação nacional, que foi de 6,1%, no mesmo período.
Mais da metade tem dificuldades para achar produtos para a terceira idade
A pesquisa revelou que o mercado de produtos e serviços para a terceira idade tem muito potencial para crescimento.
Mais da metade dos entrevistados (60%) considera difícil encontrar algum produto específico para a terceira idade. Destaque para:
Locais para sair à noite com público de terceira idade (22%);
Alimentos especiais (22%);
Celulares com teclado maior (18%); e
Serviços de turismo exclusivo para terceira idade (17%).
Questionados sobre o produto ou serviço que desejam adquirir nos próximos três meses, os idosos apontaram:
Roupas (25%);
Tratamentos dentários (24%);
Eletrodomésticos (19%);
Viagens (19%); e
Smartphones (18%).
Entre os atributos considerados mais relevantes na hora de escolher o local de compra foram citados:
Preço (66%);
Qualidade dos produtos e serviços (45%);
Confiança no estabelecimento (38%); e
Atendimento (38%).
Internet virou lazer na pandemia
Quando o assunto é lazer, 60% dos idosos apontam a navegação da internet como opção. O volume é 29 pontos percentuais a mais na comparação com 2018, período pré-pandemia.
Na sequência aparecem:
Assistir televisão (56%);
Ouvir música (41%);
Ler livros (38%); e
Fazer caminhada ou corrida (31%).
Nessa mesma direção, a internet cresceu como um meio de comunicação de uso frequente entre os idosos, saindo de 46% em 2018 para 79% em 2021 (aumento de 33 pontos percentuais).