O Relatório de Investimentos referente ao mês de novembro de 2021 já pode ser lido no site da Funpresp-Jud. Clique aqui!
Em novembro, o Plano de Benefícios apresentou retorno de 1,48% em termos nominais e 0,53% em termos reais, acima do benchmark do PB no mês (1,28% em termos nominais e 0,32% em termos reais). No acumulado de 2021, o retorno nominal foi de 2,19% e real de -6,48%, ante 13,36% e 3,75% do benchmark em termos nominais e reais, respectivamente.
Já as Reservas do Plano de Benefícios encerraram o mês com retorno de 1,46% em termos nominais e 0,50% em termos reais, também acima do benchmark no período. No acumulado de 2021, o retorno nominal foi de 0,66% e real de -7,87%, ficando abaixo do benchmark no ano.
Sob a ótica dos ativos, a carteira de investimentos das Reservas dos Participantes finalizou o período com 70,4% dos recursos em Renda Fixa, 11,3% em Renda Variável, 6,2% em Investimentos Estruturados (Fundos de Investimento Multimercados), 9,3% em Investimentos no Exterior e 2,8% em Imobiliário.
Já o Fundo de Cobertura de Benefícios Extraordinários (FCBE) encerrou o mês com retorno de 1,64% em termos nominais e 0,68% em termos reais, ficando acima do benchmark no período. No acumulado de 2021, o retorno nominal foi de 11,88% e real de 2,40%, abaixo do benchmark no ano.
Segundo o Relatório de Investimentos, o cenário de instabilidade fiscal e política permanece, inclusive por conta da aproximação do ano eleitoral, adicionando desafios no processo de gestão de carteiras. No entanto, períodos de maior volatilidade e de perda de valor dos ativos abrem a possibilidade de aquisição desses ativos com melhores perspectivas de retorno, algo que a Fundação continua realizando de maneira bastante cautelosa, tanto para as Reservas dos Participantes quanto para o FCBE.
Apesar do resultado positivo no mês de novembro, o Relatório de Investimentos registra que a probabilidade de a Fundação atingir a meta de IPCA + 4,15% em 2021 para as Reservas do Plano de Benefícios é bastante reduzida. Essa informação já vinha sendo reforçada desde o Relatório de Investimentos de julho.
Outra informação já divulgada e que volta a ser destaque no documento é sobre a Política de Investimentos 2021-2025, que indicou incremento relevante de risco nas aplicações das Reservas do Plano de Benefícios, para atingir o benchmark estabelecido em um ambiente de taxas de juros reduzidas, com consequente maior volatilidade nos resultados, principalmente em períodos mais curtos de avaliação. Por conta disso, o objetivo é o atingimento da meta de rentabilidade em um horizonte de investimento de cinco anos, mesmo que não seja alcançada em cada um dos anos individualmente, mas sim ao final de todo o período.
Sendo assim, a rentabilidade nominal obtida pelas Reservas dos Participantes neste ano, até novembro, mantém-se superior àquela verificada para praticamente todos os ativos domésticos, não tendo sido possível, até o momento, gerar retornos mais elevados por conta da própria evolução dos preços dos principais ativos disponíveis para investimento por parte da Fundação.
O provável não atingimento da meta não é decorrência apenas da queda nos preços dos ativos domésticos no acumulado de 2021, mas também em virtude do elevado nível de inflação corrente. Enquanto ao final de 2020 a expectativa para o IPCA de 2021 era de 3,34%, o que significaria uma meta de rentabilidade de 7,63% (IPCA + 4,15%), no encerramento de novembro de 2021 projetava-se IPCA de 10,15% para este ano, fazendo com que o benchmark passasse para 14,72%, ou seja, um incremento de 709 pontos-base (equivalente a 7,09%) em relação ao projetado inicialmente.
Já em relação ao FCBE, os retornos continuam consistentes, porém levemente abaixo do benchmark acumulado do ano. Apesar de contar com parcela expressiva dos ativos de Renda Fixa com critério de contabilização de Marcação pela Curva (MTC), não sofrendo os efeitos negativos da perda de valor da Marcação a Mercado (MTM) verificada nos títulos de médio e longo prazos em 2021, a carteira começou a ser penalizada pela deterioração da inflação comentada, além de perdas na posição detida de Renda Variável.
Por último, o Relatório de Investimentos destaca que, em um cenário adverso e desafiador, a Funpresp-Jud preza por uma postura de cautela nos investimentos, com estruturas de proteção de parcela dos ativos de Renda Variável, que inclusive têm suavizado o resultado acumulado no ano, buscando equilibrar o nível de risco e retorno, de uma maneira tal que resguarde a saúde previdenciária do participante, embora esteja sendo possível, em momento pontuais e específicos, aproveitar os preços mais atraentes dos ativos, com um visão de médio e longo prazos.