Fonte: Terra, por Raquel Barreto
Foto: Terra/ Shutterstock / Alto Astral
Já passamos da metade do ano! Muita coisa aconteceu desde a realização do planejamento das metas para 2022. Você já parou para analisar como está a sua vida financeira neste meio do caminho?
Uma pesquisa divulgada pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) revelou que a inadimplência atingiu 28,5% das famílias brasileiras em junho. Entre os endividados, 86,6% possuem dívidas no cartão de crédito. O número é alarmante, mas ainda dá tempo de reverter a situação, de sair do “vermelho” e alcançar aquilo que foi desejado.
Para isso, é necessário realizar registros detalhados sobre o próprio orçamento, como recomenda Victor Loyola, empresário do mercado financeiro. Isso porque, ao colocar todas as contas na ponta do lápis, você consegue saber, com precisão, como e quanto você gasta seu dinheiro, quais são suas dívidas e quais delas devem ser priorizadas.
Como se planejar:
O primeiro passo para organizar as finanças pessoais é criar uma planilha de gastos — ou pegar uma pronta na internet — e, em seguida, inserir as despesas mensais. Se quiser, também é possível baixar, pelo celular, aplicativos que oferecem a possibilidade de incluir entradas e saídas de dinheiro, visualizar gráficos, além de receber relatórios.
Contudo, independente da ferramenta escolhida, o mais importante, segundo o especialista, é registrar todos os objetivos no início do mês e acompanhá-los com frequência. E, no fim de cada mês, analisar o fluxo de caixa para entender de que forma a renda foi distribuída e, se necessário, identificar onde é possível reduzir ou cortar custos.
Endividei, e agora?
O problema é que são tantos boletos que, muitas vezes, fica difícil manter as dívidas em dia. Por isso, Victor lembra que existem alternativas caso as pessoas percebam que precisarão de ajuda para fechar o mês (ou o ano) “no azul”. Entre as mais comuns são os empréstimos. A grande questão é que, é preciso ficar de olho neste tipo de oferta, já que existem hoje locais que oferecem esse produto financeiro com juros abusivos.
“Existem hoje, no país, algumas formas de obter crédito, mas parte delas conta com juros exorbitantes, como o cartão de crédito e o cheque especial. Neste sentido, o crédito consignado aparece como melhor opção. Conta com taxas que podem ser até 70% mais baixas e é oferecido em uma parceria com o departamento de Recursos Humanos das empresas conveniadas. Assim, é entregue com programas de educação financeira, que auxiliam na hora de quitar o empréstimo, e tem o desconto direto na folha de pagamento, diminuindo a inadimplência”, explica o especialista.
Portanto, antes de assumir esse compromisso, avalie as condições e as diferentes modalidades de crédito no mercado, e escolha o que melhor cabe no seu bolso.
Fonte: Victor Loyola, sócio da Neon e especialista em inadimplências.