Fonte: O Diário, com adaptação
Foto: O Diário/ Pixabay
Todo mundo quer saber como melhorar de vida, ter uma velhice tranquila, ganhar mais dinheiro e começar a investir. Essa busca por informações financeiras é cada vez mais recorrente no Brasil.
Porém, antes de tudo isso, existe uma etapa fundamental nesse processo, que é o chamado planejamento financeiro.
O planejamento está em tudo em nossas vidas, por exemplo, quando alguém vai abrir um negócio, quando alguém decide se casar… No orçamento pessoal ou familiar, não é diferente.
O planejamento financeiro pessoal e familiar é uma condição necessária, um pré-requisito para quem deseja organizar suas contas de modo a começar a investir e, assim, alcançar os melhores resultados quando se trata de ganhar e acumular dinheiro.
As pessoas que se planejam percebem uma diferença significativa em sua vida financeira, vivendo com mais tranquilidade, organização e alcançando, aos poucos, seus objetivos de curto, médio e longo prazo. Aderir a listas, planilhas, com o Excel, e apps de planejamento financeiro é uma decisão sábia e muito importante para ter o controle e tomar as rédeas dos seus gastos e das suas receitas.
Se cuidamos periodicamente da saúde física e emocional, por que não cuidar também da saúde financeira?
O planejamento financeiro é uma forma organizada de atingir objetivos, de tornar concretos os sonhos, ter uma reserva para imprevistos e ainda poder garantir um futuro mais tranquilo. É mais ou menos como conectar o presente ao futuro, dando alguma previsibilidade, estabilidade e segurança às nossas finanças pessoais, melhorando, em última instância, sua qualidade de vida. E você sabe qual o verdadeiro significado da qualidade de vida?
Ter qualidade de vida é um conceito relativo. Algumas pessoas vão dizer que é preciso de muito dinheiro para conquistar uma boa vida. Outras, conforto é bem-estar. Também há quem acredite que ter saúde e uma família unida e amorosa é a resposta, mas afinal de contas, quem está certo?
Esse de fato é um conceito relativo e que depende das perspectivas de cada um. Porém por uma definição geral, pode-se dizer que ter qualidade de vida significa conquistar aquilo que é importante para você, sem fazer nenhum sacrifício que comprometa sua estabilidade financeira no longo prazo.
Fato é que, para ter qualidade de vida, você precisa estar de bem com seu bolso. Qualquer sonho só é construído sobre uma base financeira forte. Isso não significa necessariamente ganhar muito, mas gastar com sabedoria, com foco nos seus objetivos.
Por isso, é preciso ter planejamento financeiro. Elaborar um orçamento mensal é o caminho para muitas conquistas positivas, como:
. Não gastar mais do que se ganha;
. Evitar dívidas e juros altos;
. Poupar para realizar projetos maiores;
. Ter uma reserva de emergência;
. Investimentos no mercado financeiro;
. Proteção familiar;
. Programação para aposentadoria;
. Gerar uma renda passiva; e
. Encontrar possibilidades de aumentar a receita.
Colocadas em prática, essas ações ajudarão toda a família a alcançar seus sonhos e cumprir suas obrigações sem maiores apertos. E essa tranquilidade financeira melhora até o relacionamento dos casais, além de contribuir para a criação de filhos mais responsáveis na forma como lidam com seus recursos.
A parte prática do planejamento financeiro de modo resumido é começar alinhando as contas, traçando metas e procurando os produtos financeiros certos para investir, adequados ao seu perfil e objetivos.
O passo a passo para iniciar seu planejamento é:
Passo 1 – Receitas
Estime sua renda total no ano. Coloque, mês a mês, as rendas de salário, incluindo férias, décimo terceiro, eventuais bônus, rendas de aluguel, pró-labore e quaisquer outros recursos previstos, como, por exemplo, a restituição de imposto de renda.
Passo – 2 Despesas
Projete também todos os seus gastos mensais. Da mesma forma que as receitas, as despesas precisam ser previstas no planejamento financeiro. Contas fixas (condomínio, aluguel), gastos com educação, energia, comunicação, alimentação, transporte, lazer etc. Aqui entram quaisquer tipos de despesas, inclusive o pagamento de dívidas e juros bancários, se houver.
Passo 3 – Acompanhe as entradas desses recursos e, principalmente, os gastos mensais
Faça o acompanhamento da maneira mais detalhada que você puder. Deste modo, você conseguirá ter um mapeamento real das suas finanças, com o autoconhecimento do quanto você efetivamente ganha e o quanto gasta.
Passo 4 – Valor para investir
Estipule um valor para ser poupado todos os meses. O valor para investir não deve ser jamais a sobra. Ao contrário, ele deve ser separado antes da efetivação de muitos dos nossos gastos, sobretudo os supérfluos. Para começar o processo, é interessante acumular uma quantia equivalente a seis meses das suas despesas mensais para formar uma reserva de emergência. Por exemplo, se você gasta R$ 5 mil por mês, a reserva de emergência deve ser de R$ 30 mil. Esse dinheiro será a sua segurança em caso de eventualidades e imprevistos, como acidentes, demissão, doenças etc.
Passo 5 – Metas
Trace suas metas. Pode ser a compra do carro zero, a mudança de apartamento, a troca do celular, uma viagem de férias, o intercâmbio do filho, a renda da aposentadoria. Pesquise o valor de cada um dos seus sonhos e objetivos. Quanto custa? Fazer essa pergunta é fundamental, porque o valor é o primeiro passo na direção de materializar nossos desejos. Eles começam a ficar reais e palpáveis.
Passo 6 – Investimentos
Agora é a hora de pesquisar e escolher onde investir, com que instituição financeira vai investir e em que produto. Cada produto financeiro tem características próprias, de rentabilidade, liquidez, prazos etc. Nesse quesito, é importante escolher produtos adequados aos seus objetivos, à sua faixa de renda e ao seu perfil de investidor (conservador, moderado ou arrojado).
Passo 7 – Replanejamento
Como vivemos num mundo bastante dinâmico, pelo menos uma vez por ano é preciso fazer uma avaliação geral das receitas e despesas e, consequentemente, um novo planejamento financeiro. O planejamento financeiro não só pode, como deve ser sempre reajustado, realinhado. É possível, por exemplo, renegociar dívidas, se os juros que você estiver pagando estiverem altos. Ou trocar de investimentos, para outros mais rentáveis, caso haja uma mudança no cenário econômico. E, muitas vezes, isso não é raro, nossos objetivos e sonhos também mudam com o tempo.