Na última sexta-feira (10/9), os empregados da Funpresp-Jud assistiram à palestra online “Voluntariado: uma ferramenta de transformação”, ministrada pela especialista Roberta Rossi. A atividade fez parte dos treinamentos promovidos pela Gerência de Gestão de Pessoas (Gepes), que atendem aos objetivos previstos no Planejamento Estratégico, como atrair e reter talentos.
A mediação foi realizada pela Gerente de Comunicação e Marketing, Paolla Dantas. Na ocasião, a Analista de Comunicação e Marketing, Andréia Cardoso, fez um breve histórico sobre o projeto de voluntariado, que reúne 12 empregados e que neste ano realiza iniciativa piloto e online de educação financeira e previdenciária para alunos do 6º ano do Centro de Ensino Fundamental da 102 Norte, em Brasília. O grupo também contribuiu este ano na operacionalização da Semana da Boa Ação, realizada pela Funpresp-Jud desde 2018, na véspera do Dia Nacional do Voluntariado.
O Presidente da Funpresp-Jud, Amarildo Vieira de Oliveira, fez a abertura e o encerramento do evento. Na ocasião, comentou que apesar da pandemia, que colocou toda a equipe em trabalho remoto e com a comunicação intermediada por videoconferências, empregados da Fundação conseguiram estruturar um projeto de voluntariado. Ele destacou que o espírito de preocupação social sempre foi forte entre a equipe e que ações anteriores já mostraram isso, de forma que a iniciativa do grupo chega para aprofundar as ações de voluntariado. Ele explicou que a palestra da Roberta tinha como objetivo estimular o engajamento por parte da equipe, sensibilizar as pessoas sobre o tema, incentivar o maior estreitamento de laços entre a equipe por meio da atuação junto à comunidade.
Roberta Rossi é bacharel em direito pela Universidade Estadual de Londrina, pós-graduada em Marketing pela ESPM, especialista em responsabilidade social empresarial pela Fundação Dom Cabral e pós-graduanda em Direitos Humanos, Responsabilidade Social e Cidadania Global pela PUC RS. É professora da matéria Gestão de Voluntariado no Curso Gestão de Organizações do Terceiro Setor da FGV. Coautora do livro Voluntariado Empresarial – Estratégias para Implantação de Programas Eficientes e do e-book Voluntariado e Diversidade – Deu Match. É membro do comitê organizador do Grupo de Estudos de Voluntariado Empresarial – GEVE. Durante toda a sua palestra, Roberta trouxe conceitos, exemplos, números e inspirações, bem como motivou a reflexão das pessoas com atividades interativas com uso do chat, intermediadas pela Paolla.
“Qual mundo você quer construir?”, perguntou Roberta, sugerindo que a solidariedade e o voluntariado são movimentos fundamentais nessa construção. A especialista explicou que o conceito de voluntariado mudou ao longo dos anos e que hoje é vista como ferramenta de transformação social. “O voluntário é a pessoa que, motivada por valores de participação e solidariedade, doa seu tempo, trabalho e talento de maneira espontânea e não remunerada para causas de interesse social e comunitário”, definiu ela.
Roberta explicou que o voluntariado empresarial/corporativo é o convite da pessoa jurídica para a pessoa física; a estruturação do interesse do trabalho voluntário dentro da organização; o incentivo e o apoio no envolvimento de seus funcionários em atividades voluntárias na comunidade, como tem ocorrido na Funpresp-Jud. Ela também citou exemplos do Bradesco e do Banco do Brasil, que possuem iniciativas de voluntariado ligadas à causa da educação financeira.
Para a especialista, voluntariado envolve uma relação de “ganha, ganha”, por meio da qual ganham os voluntários, a organização e a sociedade. Segundo a pesquisa “Além do Bem”, da Santo Caos, realizada em 2017, 16% dos participantes de Programas de Voluntariado são mais engajados com a organização; 89% dos gestores de diferentes áreas consideram que o voluntariado empresarial faz a pessoa ser um profissional melhor; e 62% das pessoas consideram o Programa de Voluntariado um grande diferencial para escolha de um emprego.
Dentre os benefícios para o voluntário, Roberta destacou que: estimula a capacidade de trabalhar com diferentes culturas, pessoas e opiniões; fortalece equipes e comunidade de sentido; e desenvolve lideranças, dentre outros.
A especialista abordou considerações de Jim Haudan, feitas no livro “The Art of Engagement”. “As pessoas querem ser parte de algo grande, ter uma jornada significativa e saber que as suas contribuições causam impacto significativo e fazem a diferença”, disse. Roberta trouxe relatos de estudos que relacionam o voluntariado à felicidade. “Dar faz a gente se sentir melhor, promove cooperação e conexão social, evoca o poder da gratidão, é contagiado e faz bem para a saúde”, comentou.
Roberta detalhou todo o passo a passo para contribuir com um projeto de voluntariado e citou oportunidades de ações com foco em educação financeira e previdenciária. Os empregados também foram convidados a compor um mural durante a apresentação, com atividades com as quais se sentem mobilizados a realizar. Dentre as sugestões recebidas, estiveram levantamento dos gaps dos terceirizados da Fundação para aumento da escolaridade deles, ministrar aulas de matérias de Ciências Exatas, apoio em TI para organizações filantrópicas, doar sangue periodicamente, aulas de xadrez para crianças, cantar em hospitais, conversar com idosos, dentre outras.
Roberta finalizou a palestra destacando que a lição para fazer a diferença é que todos nós podemos aprender e ensinar. “Ser voluntário é um ato de consciência, uma rede de conexões, um caminho para a aprendizagem, um passo para a transformação”, disse.
Jordana Castro, Gerente Jurídica e integrante do grupo do voluntariado da Funpresp-Jud, registrou a felicidade de assistir a palestra e perceber que o trabalho realizado pelo grupo na Fundação está no caminho certo. Destacou também o entusiasmo dos empregados com o projeto, provando que mais uma vez a Fundação está à frente, permitindo que os empregados dediquem um tempo de sua rotina para o projeto.
Ao fazer o encerramento do evento online, Amarildo destacou que a palestra despertou questões nas quais podemos evoluir. Reforçou, ainda, que o voluntariado traz mais coleguismo e que vai muito além da questão da imagem da Fundação, contribuindo para a melhoria de cada um como pessoa e como profissional e também fortalecendo a responsabilidade social da marca.