A Funpresp-Jud divulgou o Relatório de Investimentos referente ao mês de junho, nesta segunda-feira (13/07). O resultado apresentado pelo Plano de Benefícios JusMP-Prev foi novamente expressivo (2,01% em termos nominais e 1,75% em termos reais), tendo sido o segundo melhor retorno nominal mensal da história da Fundação. O primeiro foi em abril deste ano, com 2,98% em termos nominais e 3,30% em termos reais. Clique aqui para ler o relatório e aqui para consultar a rentabilidade.
Ainda sobre o resultado, no acumulado de 2020 a rentabilidade nominal líquida do PB alcançou 0,69%, ante 1,75% do CDI e 2,10% do benchmark do PB. Já a rentabilidade real líquida atingiu 0,59% (IPCA de 0,10% no período), ante 1,65% do CDI e 2,00% do benchmark do PB. O ótimo resultado de junho contribuiu para recolocar o resultado do ano em terreno positivo, tanto em termos nominais quantos reais (acima da inflação).
A carteira de investimentos do Plano de Benefícios finalizou o período com aproximadamente 72,4% dos recursos em Renda Fixa, 11,5% em Renda Variável, 7,0% em Investimentos Estruturados e 9,1% em Investimentos no Exterior.
O detalhamento do segmento de renda fixa é de 16,9% em CDI e 55,5% em IPCA. Os investimentos em Renda Variável se encontram assim divididos: 4,3% no Subgrupo 1A e 2,6% no Subgrupo 1B, 4,4% no Funpresp-Jud Athena FIM e 0,1% no BNP Mafdet FIM. Já as aplicações financeiras no segmento de Investimentos Estruturados estão distribuídas da seguinte forma: 2,3% no Subgrupo 2A, 2,4% no Subgrupo 2B e 2,3% no Subgrupo 2C. Finalmente, no segmento de Investimentos no Exterior, os recursos estão alocados conforme segue: 4,7% no Subgrupo 3A e 4,4% no Subgrupo 3B.
Já sob a ótica do Fator de Risco, com a inclusão das operações com derivativos efetuadas pelos fundos de investimento exclusivos, os recursos do Plano de Benefícios encontravam-se assim segmentados: 72,0% em Renda Fixa (9,4% CDI, 55,5% IPCA e 7,1% Prefixados), 11,9% em Renda Variável, 7,0% em Investimentos Estruturados e 9,1% em Investimentos no Exterior.
No mês de junho de 2020, os ativos financeiros mundiais continuaram o movimento de recuperação iniciado ao final de março deste ano, após terem atingido o pior momento em meados daquele mês. No Brasil, os ativos financeiros continuaram a apresentar movimento de recuperação, em linha com o resto do mundo. Importante destacar dois fenômenos sobre os preços dos ativos mundiais: FOMO (fear of missing out – medo de ficar de fora, em uma tradução simples) e TINA (there is no alternative – não há alternativa, também em uma tradução simples). Basicamente, o primeiro fenômeno trata de um tema ligado a finanças corporativas, quando o investidor se vê “impelido” a seguir o fluxo e não perder uma eventual recuperação nos preços dos ativos. Já o segundo é típico de cenários onde os ativos de Renda Fixa apresentam taxas de retorno reduzidas (ou mesmo negativas, seja em termos nominais ou reais), fazendo com que os investidores busquem ativos mais arriscados em busca de maior rentabilidade.
Em resumo, o momento ainda é de incerteza e cautela, embora em níveis menos elevados comparativamente àqueles verificados anteriormente. Para a Diretoria de Investimentos da Funpresp-Jud, a atual fase é de preocupação relativa, em transição para um momento de certo “otimismo cauteloso”. Porém, para o médio prazo, ainda é necessário ter mais elementos para que o sentimento seja mantido ou alterado.