A Funpresp-Jud está sempre atenta à transparência e à educação financeira e previdenciária dos seus participantes. Por isso, regularmente produz conteúdos sobre os temas e divulga em seus diversos canais de comunicação. Nesta matéria você encontrará uma análise comparativa dos resultados da gestão de investimentos realizada pela Funpresp-Jud.
A economia mundial vem passando por momentos bastante turbulentos nos últimos dois anos, basicamente por conta da pandemia de Covid-19 e suas consequências econômicas e sociais, guerra da Ucrânia x Rússia, dentre outros. Neste momento de alta instabilidade, é natural que os investidores se questionem sobre quais são as melhores atitudes a serem tomadas quanto aos seus investimentos, principalmente se seria o caso de se desfazerem de suas posições.
Em sua maioria, analistas e assessores econômicos indicam que, em momentos de forte turbulência, a melhor alternativa é não fazer nada até que o cenário fique menos nebuloso. Algo como “manter o sangue frio”, absorver o impacto de eventuais perdas e deixar para tomar a melhor decisão posteriormente, e não no “calor do momento”. Essa visão é endossada pela Funpresp-Jud, não apenas porque tem se mostrado sábia ao longo do tempo, mas também porque o horizonte de investimentos da Fundação é de longo prazo, tendo em vista seu caráter previdenciário.
Claro que há casos em que um rebalanceamento total ou parcial do portfólio de investimentos pode se mostrar mais eficiente, desde que factível, porém as decisões devem ser tomadas a partir de análises profundas e com objetivos específicos, seja para reduzir o risco dos investimentos ou até mesmo para elevá-lo, com vistas a se adquirir ativos com preços mais baixos e com horizonte de investimento mais longo e no momento apropriado – algo que os investidores mais arrojados e com maior vivência neste tipo de ambiente costumam fazer.
Uma análise mais pormenorizada dos investimentos da Fundação demonstra que o nível atual de risco dos investimentos do Plano de Benefícios é menor se comparado às Entidades Fechadas de Previdência Complementar (EFPC), conhecidas genericamente como fundos de pensão, assim como da previdência aberta (Entidades Abertas de Previdência Complementar – EAPC). Observe a tabela abaixo:
Analisando os dados, é possível calcular a volatilidade dos retornos anuais do Plano de Benefícios (3,39%) e observar que é inferior à dos Planos de Contribuição Definida – CD das Entidades Fechadas de Previdência Complementar – EFPCs (4,31%), assim como da média das Entidades Abertas – EAPCs (5,71%).
Apesar de apresentar menor volatilidade que os Planos CDs das EFPCs e a média das EAPCs, a rentabilidade nominal média anual do Plano de Benefícios, entre 2014 e 2021, foi de 10,18%, contra 9,74% dos Planos CD das EFPCs e 8,20% das EAPCs. Ou seja, foi possível à Fundação obter maior retorno com menor risco comparativamente aos Planos CDs dos fundos de pensão e à média da previdência aberta.
Caso a comparação seja feita com o CDI ou Poupança, a diferença de rentabilidade fica tão ou mais favorável à Fundação, pois o CDI apresentou retorno anual médio de 8,37% e a Poupança de 5,50% no período. Sendo assim, a gestão dos recursos do Plano de Benefícios JusMP-Prev vem apresentando, na média, retornos superiores tanto àqueles obtidos pelos Planos CD dos fundos de pensão, quanto em relação à previdência aberta e ao CDI, além de apresentar menor variabilidade (volatilidade) nos resultados, algo bastante desejado por qualquer investidor.
Em resumo, o cenário recente não tem sido bom para as aplicações financeiras em geral. No entanto, na gestão de investimentos de longo prazo é preciso estar preparado para isso e tomar as medidas cabíveis para preservar níveis prudenciais de risco, sem abandonar os objetivos principais da formação da poupança previdenciária, que é o caso específico da Funpresp-Jud.
A Fundação está tomando todas as medidas possíveis e necessárias para atravessar os desafios que se apresentam no curto prazo, ao mesmo tempo que se mantém firme no propósito de entregar o melhor resultado possível para o seu mandato, que é de longo prazo.